“Para rir é que dão banquetes, e o vinho alegra a vida, mas o dinheiro é a resposta para tudo”. Eclesiastes 10.19. (grifo nosso)
Durante toda a minha vida fui equivocadamente ensinado que a Bíblia é um livro somente de cunho espiritual, e que o dinheiro é a raiz de todos os males, sob o comando do falso deus Mamon. Deveria, portanto, trabalhar para sobreviver, sem dispensar maior preocupação com o chamado “vil metal”, uma vez que o salário mensal seria o suficiente para a manutenção familiar, e que a preocupação com poupança e o futuro é andar em desacordo com os ensinos de Deus.
Devo dizer-lhe que essas idéias erradas e preconceituosas, e a ignorância quanto ao trato com o dinheiro, são as responsáveis por a quase totalidade da população viver escravizada a um orçamento apertado, e pendurada a dívidas que se sobrepõem, e das quais nunca consegue libertar-se. a
Alguns religiosos apegaram-se ao conselho de Paulo em I Timóteo 6.10, quando diz que “O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.” Veja bem que o texto não condena o ter dinheiro, nem o trabalho e a boa administração dele, mas o apego demasiado à riqueza, que é uma das formas mais tristes de idolatria. É claro que existem pessoas para quem o dinheiro está acima de tudo e de todos, até mesmo do próprio Criador, e de um relacionamento saudável com os seus semelhantes. Tal comportamento, sim, é doentio e severamente condenado pela Bíblia, pois os bens se colocam como um deus venerado e cultuado em todos os momentos.
Se lermos atentamente todo o texto bíblico, do Gênesis ao Apocalipse, veremos que Deus nunca condenou a prosperidade dos homens, nem os quis relegar a uma vida miserável de pobreza, endividamento ou necessidade. Ao contrário, o povo de Israel sempre era orientado a levar uma vida baseada nos preceitos bíblicos, a fim de que tivesse uma vida sossegada e com todas as suas necessidades providas pela terra que dominavam e cultivavam. É exatamente isso que o texto destacado nos quer dizer, que o dinheiro responde por tudo, ou seja, sem ele não é possível comprar aquilo de que a nossa família necessita para a sobrevivência.
Quando nos dispusemos a garimpar as orientações bíblicas e aplicá-las à nossa vida financeira, imediatamente começamos a perceber mudanças positivas que nos animavam a prosseguir buscando aprender mais ensinamentos. Tornamo-nos como crianças, era como se, com os olhos abertos recentemente, estivéssemos descobrindo coisas elementares e começado a dar os primeiros passos; os resultados foram impressionantes e animadores!
(Este texto fará parte de livro que estamos escrevendo)
Shalom!
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