segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O QUE É VIDA EM ABUNDÂNCIA

No capítulo 10.10 do Evangelho de João lemos o texto seguinte, pronunciado pelo Senhor Jesus: "O ladrão vem para matar, roubar e destruir. Eu vim para que tenham vida em plena."

Esse texto tem sido objeto de muitas controvérsias teológicas no meio evangélico, havendo extremos dos dois lados da trincheira. Os adeptos do evangelho da prosperidade pregam que  o Senhor estava afirmando o direito de todos os cristãos terem uma vida sem problemas em todas as áreas: saúde, finanças, fé, relacionamentos etc. Já no outro extremo se encontram os tradicionais, que aplicam-no tão somente à vida espiritual, no que diz respeito à salvação e ao relacionamento com Deus.

Em se tratando da Palavra do Senhor, contudo, faz-se necessário observar que os extremos sempre foram condenados por Yeshua, havendo o grupo dos fariseus sido os que mais receberam reprimendas públicas por causa do seu excesso. Esse é um ponto essencial da interpretação bíblica, o equilíbrio e a busca da real vontade do Senhor, e não dos homens que interpretam o texto.

Se atentarmos para o início do versículo, enxergaremos que o Senhor alerta para o perigo oferecido pelo ladrão, a saber o diabo, que vive rodeando o homem com o intuito de matar, roubar e destruir qualquer possibilidade de paz, salvação, prosperidade e tudo o que se possa chamar bênção da Deus.

O que Yeshua afirmou foi que ele veio ao mundo para destruir as obras do diabo, o que, acontecendo, traz ao cristão o que ele chamou de vida plena. Em momento algum o Senhor afirmou que não teríamos problemas e viveríamos num mar de rosas, como preconizam os pregadores da prosperidade; tampouco estava se referindo à vida espiritual somente, como pregam os tradicionais. Na verdade, o que nos foi ensinado é que mesmo passando por todo o tipo de provação no mundo, certamente chegará o momento em que o Senhor destruirá aquela obra do diabo em nossa vida, quando ocorrerá uma restituição daquilo que nos foi roubado.

Sempre enfrentaremos problemas e dificuldades, mas também é certo que sempre teremos a presença do Senhor, se estivermos aliançados e fiéis a ele, a nos levar a uma condição em que afirmaremos ter sido destruída aquela obra do maligno que aprisionava determinada área da nossa vida. Vivamos, por isso,  crendo que a nossa esperança não é vã e que o "...o meu redentor vive e que por certo se levantará em meu favor" como disse Jó em meio à sua pior provação.
Shalom!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

SOMOS TABERNÁCULOS VIVOS III

A terceira parte do tabernáculo que o Senhor mandou Moisés construir era a parte mais importante, podemos dizer, pois tratava-se do coração da revelação divina e chamava-se Santo dos Santos, local onde somente o sumo sacerdote podia entrar e que continha a Arca da Aliança, objeto intocável, sob o risco de ser fulminado. Até mesmo o sacerdote, ainda que no cumprimento do seu serviço, podia morrer, caso estivesse em pecado.

Como dito, ali, no Santo dos Santos, estava a Arca da Aliança, que continha em seu interior as tábuas da Aliança e a vara de Arão. A primeira era o símbolo do pacto entre Adonai e o povo de Israel, celebrado no monte Sinai. Essa arca perdeu-se com a invasão romana ao templo por volta do ano 70 da nossa era, e ninguém sabe o seu paradeiro.

O Senhor permitiu o sumiço da arca para que se cumprisse a profecia de Jeremias 31.33, que diz: "Mas esse é o pacto que farei com Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus eles serão o meu povo".

Com a vinda do Espírito Santo, conforme prometido por Yeshua no evangelho de João, todos aqueles que o reconhecem como seu senhor e salvador e procuram viver conforme as suas ordenanças, tornam-se templo do Santo Espírito, que é o selo da promessa do Senhor de que virá buscar o seu povo um dia (Efésios 1.13).

Deus está habitando naqueles que o recebem e mudam de direção em suas vidas. É tempo de decisão e de ação, com uma busca intensa e sincera da presença d'Aquele que pode mudar os nossos destinos e fazer-nos novas criaturas por meio do seu Espírito.
Shalom!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

SOMOS TABERNÁCULOS VIVOS II

Após passarmos pela experiência inicial, que é o novo nascimento, há que se avançar mais para dentro do tabernáculo, em busca de uma vida mais intensa e cheia da vontade e da Presença de Deus; e o tabernáculo de Moisés nos dá uma amostra ilustrativa de como isso deve ocorrer na vida do discípulo.

Depois do Pátio havia o Lugar Santo, onde estavam três coisas: uma mesa com o pão da preposição, o candelabro de ouro e o altar do incenso. Esses três elementos nos revelam segredos para o crescimento espiritual que são praticados por poucos crentes da atualidade.

O pão representa a nossa necessidade de sermos alimentados pelo próprio Deus, pois sozinhos fatalmente seremos derrotados pelo inimigo. Não foi à toa que Yeshua disse ser o Pão Vivo que desceu do céu. Nele somente somos fortalecidos no interior para prosseguirmos.

A lâmpada é uma lembrança de que devemos conhecer a Palavra e praticá-la na nossa vida, pois como nos ensinou o salmista, ela é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho. A preguiça e a falta de leitura da Bíblia devem ser deixadas de lado, aliando a isso um amor pelo discipulado feito por um líder comprometido com Deus.

O altar de incenso nos remete a uma necessidade de relacionamento estreito e íntimo com o senhor por meio da oração, louvor e adoração: três bases para o crescimento e vôos espirituais mais altos.
Shalom!

terça-feira, 17 de maio de 2011

SOMOS TABERNÁCULOS VIVOS I

O Senhor Deus mandou, no Livro de Êxodo, o seu servo Moisés preparar uma tenda onde se dariam os cultos a Ele. Tal tabernáculo seria chamado de Tenda do Encontro, onde os sacerdotes prestariam o seu ofício sacerdotal e ouviriam a voz do Senhor.

Seguindo a orientação divina, Moisés confeccionou o Tabernáculo em três ambientes distintos, que representam níveis diferentes de relacionamento entre Deus e os homens, sendo que quanto mais se avançava em direção ao seu interior, mais se aproximava da Glória de Deus.

O pátio exterior possuía uma bacia chamada de "mar de bronze", onde os sacerdotes obrigatoriamente se lavavam ao entrarem no recinto; significava a necessidade da lavagem e o perdão dos pecados humanos para que se possa entrar em qualquer relacionamento com o Eterno, o que nos remete à Sua graça, buscando-nos mesmo sendo nós pecadores e imperfeitos.

Também havia o altar dos holocaustos, onde eram queimados os animais oferecidos em sacrifício, um símbolo do Cordeiro de Deus que morreria para expiação dos pecados da humanidade. Mas também podemos ver um outro sentido, pois Paulo, em Romanos 12.1-2 nos aconselha a apresentarmo-nos como "sacrifícios vivos, santos a agradáveis a Deus", o que implica em queimarmos sobre o altar do Senhor as nossas vontades próprias, vaidades e tudo aquilo que venha a manter-nos ligados à vontade do sistema que opera no mundo.

Portanto, após passarmos pelo perdão dos pecados e entrarmos num relacionamento com o Senhor, faz-se necessário, diariamente, sacrificarmos sobre o Seu altar, qualquer coisa que venha a interferir  no nosso relacionamento com Ele por meio do Seu Espírito Santo. Isso deve nos mover a uma constante análise pessoal, com a consequente confissão de pecados e a busca de sermos cheios da Sua vontade.
Shalom

segunda-feira, 16 de maio de 2011

SENDO MORADA DE DEUS

No Livro de II Coríntios, cap. 6, o apóstolo Paulo nos apresenta um conceito ignorado por todas as religiões do mundo: a possibilidade de o ser humano tornar-se habitado pelo Criador de todo o universo. Segundo a Bíblia, isso acontece quando cremos em Yeshua como o Filho de Deus e o recebemos como Salvador e Senhor da nossa vida. Imediatamente, o Espírito de Deus entra num relacionamento de união com o espírito humano, isso gera aquilo que a Bíblia chama de vida eterna.

O desconhecimento e a descrença de tal fato grandioso tem feito com que multidões incontáveis busquem soluções paliativas e ineficientes para as suas frustrações e sentimentos de derrota. A causa disso é que as religiões existentes no mundo focam  principalmente na possibilidade de tornar os homens em deuses e senhores do seu próprio destino, o que pode até, temporariamente, apresentar algum resultado, mas com o passar do tempo, cai-se sempre num vazio existencial e na consequente confirmação de que sozinhos, sem o Deus Eterno, não podemos chegar a lugar algum quando o assunto é espiritual. Isso se aplica a todas as pessoas, até àqueles considerados como os maiores gurus da atualidade.

O Caminho para a paz e evolução espiritual tem um nome e se chama Jesus Cristo de Nazaré, que prometeu no Evangelho de João que não nos deixaria sozinhos jamais, mas que estaria conosco todos os dias da nossa vida, por meio do Seu Espírito.
Shalom!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

É PRECISO TRAZER A FAMÍLIA PARA A ARCA

No Livro de Gênesis, cap. 7.1, Deus manda Noé entrar na arca com toda a sua família. Parece incrível, mas o que temos visto nos nossos dias é exatamente o contrário do que fez aquele homem justo, quando os pais não conseguem transmitir a sua fé e crença aos seus descendentes; ao contrário, tornam-nos resistentes à Palavra.


Isso se deve ao fato de que os cristãos atuais estão sendo ensinados a se tornarem membros de igrejas perfeitos, mas que não sabem como viver no Caminho. Seguir a Yeshua e ser seu discípulo implica, principalmente, na busca por um novo estilo de vida, o que é percebido principalmente pela família. Ora, vendo os familiares que essa nova vida do seu parente é a vida de Deus, naturalmente serão influenciados e buscarão imitar e seguir àquele em quem viram as mudanças.


A Bíblia nos afirma que Noé era um justo. Sendo assim, não foi difícil que ele convencesse os seus de que realmente ouvia a voz de Deus acerca do dilúvio e os envolvesse tanto na construção do projeto divino da arca, quanto a entrarem nela quando ficou pronta.


O segredo de Noé era o exemplo, o viver aquilo que falava.
Shalom!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A MORTE DE YESHUA

Relata-nos a Bíblia que há aproximadamente dois mil anos atrás um homem chamado Yeshua foi levantado num monte de nome Caveira pregado em uma cruz por meio de grandes pregos. Até hoje, enorme confusão e controvérsia existem acerca do significado e do propósito desse acontecimento. Alguns tem-no como exemplo, outros como tremenda injustiça, mas o fato é que poucos conseguem ver por trás de toda aquela dor a beleza.

Mas o que poderia existir de belo em uma cena de sofrimento e dor? Só conseguimos alcançar tal visão por meio da leitura aberta dos quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), pois se-nos descortina um transbordar de amor do Deus Todo Poderoso por nós, suas criaturas, entregando o Seu próprio Filho para morrer como sacrifício pascal.

O sacrifício de Yeshua é a morte do primogênito que teve o poder de ressuscitar, para que todos aqueles que nele venham a crer como o Filho do Deus Vivo, também passem da condição de mortos espirituais a nascidos de novo, a fim de que também recebam a ressurreição para a vida eterna quando da segunda vinda do Messias.
Shalom!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O PODER DAS ALIANÇAS COM DEUS

Poucos são os homens e mulheres que conhecem e praticam o poder existente nas alianças celebradas com Deus, infelizmente. No mundo espiritual, todas as coisas funcionam com base em vínculos e pactos, sejam eles bons ou ruis; com o Deus de Abraão, ou com as forças das trevas, sendo que a ligação com o lado escuro, por fim, acaba conduzindo os celebrantes à morte e à destruição.

No livro de Gênesis, capítulo 15, temos a descrição de Abraão se aliançando com o seu Deus, o que fez com que todas as promessas recebidas desde o início da sua vida se tornassem vistas por homens, anjos e demônios.

Os orientais sabem o peso que uma aliança gera tanto no interior quanto na vida exterior de uma pessoa, tanto que diversos povos daquela região ainda se utilizam de tal prática.

Nessa linha de raciocínio, é vital para os seres humanos encontrarem a plenitude da felicidade tanto terrena, quanto eterna, o conhecimento da aliança superior disponibilizada pelo Pai de Yeshua (Jesus). Essa aliança é celebrada com base no sangue derramado na cruz, que tanto tem o poder de perdoar pecados, quanto equilibrar as emoções humanas e conduzir à ressurreição do corpo para a vida eterna.
Shalom!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O MUNDO GEME COM DORES DE PARTO

Todo o mundo ficou abalado e assustado com o terremoto de amplitude jamais vista nos últimos 100 anos, seguido de um tsunami de efeitos devastadores; isso depois de o Haiti ter perdido milhares de vidas no ano passado e alguns países da Ásia haverem sofrido seriamente .

No rastro de tais tremores surgiram diversas explicações científicas que serviram para aumentar mais ainda a sensação de insegurança e medo na população de todo o mundo.Como se não bastassem os solavancos dos tremores, maior temor foi gerado pelo acidente nuclear de proporções ainda imprevisíveis, porquanto os relatórios do governo japonês são pouco confiáveis.

Apesar de tantas tentativas de explicações, todos parecem esquecer-se das palavras de Jesus nos evangelhos, quando nos alertou que em todo o mundo sinais seriam vistos na natureza, com tremores de terra, bramidos do mar, alterações nas estrelas e sol etc.

Não há motivo para desespero, mas razões de sobra para crermos que os sinais proféticos estão cada vez mais se intensificando, e que o Senhor pode voltar a qualquer momento, pois creio de todo o meu coração que estamos vivendo somente o "princípio das dores".

É tempo de nos arrependermos e confessarmos a Yeshua como o filho de Deus que veio salvar o mundo e estabelecer o governo eterno quando se der a sua segunda vinda, encontrar com a sua Igreja nos ares.
Shalom!

terça-feira, 8 de março de 2011

O EXEMPLO DE JÓ PARA A VITÓRIA

Dentre os livros da Bíblia, aquele que nos apresenta o maior exemplo de perseverança, amor e fidelidade a Deus é o livro de Jó. A história bíblica nos fala de um homem muito próspero materialmente, mas que não se descuidava do seu relacionamento com o Criador, nem com os seus filhos, pelos quais apresentava orações constantes e sacrifícios a Deus.

Pois bem, de repente, toda a sorte de desgraças possíveis começou a abater-se sobre aquele homem: seus filhos morreram todos tragicamente e de uma só vez; Jó perdeu todos os seus bens, e por fim, acabou sendo tocado no seu próprio corpo, padecendo de uma enfermidade discriminante e incurável para os homens. Como se não bastassem essas perdas, a sua própria esposa e os seus amigos passaram a afligi-lo mentalmente, o que fez Jó se sentir solitário e sem apoio de ninguém.

Contudo, mesmo em meio ao maior sofrimento possível de um ser humano enfrentar, o que Jó mais desejava era encontrar-se com Deus face a face para apresentar-Lhe seus questionamentos, isso sem ofendê-lo, é claro. Por fim, tal exemplo de fidelidade nos mostra o aflito Jó ser restaurado em todas as áreas e aquilo que parecia ser maldição serviu para glorificá-lo diante dos homens.

Todos nós estamos passíveis de enfrentar dificuldades parecidas com as de Jó, mas quando nos voltamos à busca do encontro com Aquele que nos pode ajudar, finalmente achamos ajuda e refrigério para as mazelas que afligem.
Shalom!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

COMO SAIR DA ESFERA DA MALDIÇÃO

O livro de Gênesis, capítulo 3, nos apresenta a queda do homem e as suas consequências. No verso 17, Deus avisou a Adão que a partir daquela data, do pecado primeiro, a terra estaria debaixo de maldição e passaria a produzir espinhos e abrolhos, o que dificultaria muito mais a sobrevivência humana na terra. Tal problema será solucionado quando do restabelecimento da ordem do Senhor sobre a terra, conforme previsto em Apocalipse 21, com novos céus e nova terra.

Enquanto vivemos aguardando esse momento futuro, cabe a nós procurarmos abrigo debaixo das asas do Onipotente, conforme prometido no Salmo 91. Tal abrigo se dá quando nascemos de novo e entregamos as nossas vidas ao seu senhorio; ao acontecer isso, o maligno não pode nos tocar, conforme I João 5.18.
Não temos outra esperança, ou possibilidade, senão a proteção do Senhor, uma vez que os dias estão se tornando cada vez mais difíceis.
Shalom!